Especialistas apontam riscos à livre concorrência e à isonomia tributária com as regras do novo programa de mobilidade sustentável.
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BC eleva os juros a 12,25%
Sem surpresa, Copom aumenta a Selic em 0,25 ponto percentual para conter inflação
01/01/1970 00:00:00
Mesmo com a inflação mensal arrefecendo, o Banco Central cumpriu ontem o que havia prometido em abril, em sua última ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom): subiu a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, elevando-a para 12,25% ao ano. O ajuste veio exatamente como esperava o mercado e ainda sinaliza que novos apertos estão a caminho. Aos olhos dos analistas, o BC não deixará espaço para que as expectativas de alta dos preços corram frouxas em 2011 e 2012. A instituição evidenciou, em breve comunicado após a decisão, que não vai permitir, no ano que vem, uma carestia em nível divergente da meta central, de 4,5%.
Juntos, o aperto monetário e o comunicado da diretoria do BC foram os ingredientes necessários para o mercado calcular, ao menos, mais uma alta de 0,25 ponto percentual, em julho, e um último ajuste de 0,25 ponto em agosto. "Não tinha como fugir disso. Não fazia sentido acelerar de novo e dar, por exemplo, 0,50 ponto percentual. O mercado acreditou no que ele (BC) escreveu na ata de abril e o 0,25 ponto percentual tornou-se quase que um mantra", ponderou Luiz Octávio de Souza Leal, economista-chefe do Banco ABC Brasil.
Para alguns, Alexandre Tombini, presidente do BC, está
mudando a plumagem, abandonando o perfil dovishi (termo importado do inglês para classificar os economistas dóceis como um pombo) para transformar-se em hawkish (duro como um falcão). "Acho que o BC tem de manter o discurso duro. Não deve ser influenciado pela inflação na margem. Tem de dar ênfase nos núcleos de inflação e tentar diluir a tendência de alta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)", afirmou Elson Teles, economista-chefe da Máxima Asset Management. O comunicado da diretoria foi claro, a exemplo do divulgado em abril, e reafirmou que o ciclo de aperto monetário será suficientemente prolongado.
"Considerando o balanço de riscos para a inflação, o ritmo ainda incerto de moderação da atividade doméstica, o Comitê entende que a implementação de ajustes por um período suficientemente prolongado continua sendo a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta em 2012", disse o BC em seu comunicado.
Centrais criticam
As centrais sindicais condenaram o novo aperto monetário de 0,25 ponto percentual sobre a taxa básica de juros (Selic) promovido ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para a Força Sindical, o aumento dos juros foi um equívoco. "O aumento é desnecessário, visto que o cenário econômico está mais favorável, com sinais evidentes de controle inflacionário. Infelizmente, o impacto recai unicamente no setor produtivo, afetando negativamente a atividade e o emprego", afirmou o presidente da entidade, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP). A seu ver, os sinais de desaceleração da inflação não justificaram o novo arrocho. Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), a decisão foi na contramão da direção apontada pelos indicadores econômicos. Aos olhos da entidade, o Banco Central considerou apenas os interesses do setor financeiro.
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