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Inflação pressiona juros
Copom deve manter taxa básica da economia em 10,75% ao ano na reunião de amanhã
01/01/1970 00:00:00
O Banco Central dá início hoje à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), pressionado pelo pessimismo dos analistas em relação aos rumos da inflação. Segundo o relatório Focus, divulgado pela instituição, os quase cem analistas ouvidos semanalmente elevaram, de 4,98% para 4,99%, a projeção para 2011 do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como referência para o sistema de metas do governo. Foi a segunda semana consecutiva de alta, apesar do derretimento do dólar, que costuma jogar a inflação para baixo. Na avaliação dos especialistas, o que sustenta esse pessimismo é a disposição do governo para a gastança, que, mesmo a contragosto, terá de ser revertida pelo próximo presidente da República.
Apesar da deterioração das expectativas, a aposta unânime do mercado é de que o Copom mantenha a taxa básica de juros (Selic) em 10,75% ao ano. “O Copom não tomará nenhuma atitude com base em dados tão recentes (do Boletim Focus)”, disse Fernando Montero, economista-chefe da Corretora Convenção. “O BC fez uma pausa para observar o andamento da economia e está apostando que não terá de retomar o aperto monetário”, emendou.
Para manter a inflação próxima do centro da meta de 4,5%, o BC está contando com o aumento das importações, que, apenas nos primeiros 10 dias úteis de
outubro, somaram US$ 7,8 bilhões, quantia 28% superior à do mesmo período de 2009. Na avaliação de especialistas, se, por um lado, a enxurrada de importados tira competitividade das mercadorias brasileiras, por outro, minimiza as pressões inflacionárias oriundas do abismo que existe entre a forte demanda dos consumidores e a capacidade de produção da indústria nacional.
Eleições
“Esse quadro não deve durar indefinidamente. Embora o real tenha se valorizado fortemente, não sabemos até onde irá impactar nos preços”, ponderou Ricardo Denadai, economista sênior do Santander Asset Management. “Temos visto também as commodities (mercadorias com coração internacional) se valorizando fortemente e isso já tem chegado aos preços agrícolas e, em consequência, à mesa do consumidor”, argumentou.
O resultado das eleições presidenciais também tem preocupado os economistas. O Banco Fator argumentou que, se o tucano José Serra for o vitorioso e realmente aumentar o salário mínimo para R$ 600, além de concretizar outras promessas que impactem no Orçamento, o risco fiscal se elevará, assim como as expectativas de inflação. Da mesma maneira, a candidata petista Dilma Rousseff, se não segurar os projetos de sua base aliada, piorará o quadro fiscal e, consequentemente, pressionará os preços.
ELES DECIDEM
Henrique Meirelles
Presidente do Banco Central desde janeiro de 2003. É visto pelo mercado como homem de decisões técnicas. Perdeu um pouco do prestígio entre os principais analistas do país depois de se envolver com questões políticas, ao pleitear a vaga de vice-presidente na chapa da candidata petista Dilma Rousseff .
Carlos Hamilton Araújo
Diretor de Política Econômica desde fevereiro de 2010. É o responsável por divulgar trimestralmente o relatório de inflação. Começou a carreira no serviço público em 1984, no Banco do Estado do Ceará. Já foi analista da Secretaria do Tesouro Nacional e chefe do Departamento de Estudos e Pesquisas do BC.
Alexandre Tombini
Diretor de Normas desde 2006. Já respondeu pelas diretorias de Assuntos Internacionais do BC e de Estudos Sociais. Foi cotado para a presidência da instituição diante da possibilidade de Meirelles deixar o cargo para disputar as eleições deste. É muito próximo do pessoal do Ministério da Fazenda.
Anthero de Moraes Meirelles
Diretor de Administração do Banco Central desde dezembro de 2007. Foi chefe de divisão e coordenador na Delegacia Regional de Belo Horizonte.
Alvir Hoffmann
Funcionário de carreira do Banco Central, é diretor de Fiscalização desde dezembro de 2007. Trabalhou também como especialista no setor financeiro e supervisão bancária do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Antonio Gustavo Matos do Vale
Diretor de Liquidações e Controle de Operações do Crédito Rural desde 2003. Já foi diretor de Tecnologia e Infraestrutura do Banco do Brasil e no Banco Mercantil, na IBM, BMG Seguros e no Banco de Minas Gerais.
Luiz Awazu Pereira
Diretor de Assuntos Internacionais desde abril de 2010. É Ph.D. em economia pela universidade francesa Sourbone. Foi secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda e economista do Banco Mundial.
Aldo Luiz Mendes
Diretor de Política Monetária
desde dezembro de 2009. Ocupou cargos gerenciais e de diretoria no Banco do Brasil. Foi presidente da Aliança Seguros e do Conselho Deliberativo da Caixa de Previdência dos Funcionários do BB (Previ). Foi ainda presidente da Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (Andima).
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Além disso, a ata destacou que os próximos passos poderão ser ajustados conforme a necessidade e que o Banco Central não hesitará em continuar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado
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