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Consumo volta a decolar em 2010
Renda do brasileiro deve crescer R$ 72 bilhões no ano que vem, abrindo caminho para a expansão da economia
01/01/1970 00:00:00
A projeção foi feita pela MB Associados e tem como pano de fundo a retomada do emprego, com aumento real dos salários, a melhora no cenário para os empréstimos bancários, o reajuste de aposentados e pensionistas e a elevação dos gastos do governo. Se confirmada, a expansão superará o ritmo de antes da crise.
O brasileiro terá mais dinheiro para gastar em 2010. Serão R$ 72,7 bilhões de renda disponível a mais do que neste ano, valor que será completado pelo crédito. No total, o consumo deve ter um aumento de R$ 90,3 bilhões no ano que vem.
Pela primeira vez, aposentados e pensionistas que ganham acima de um salário mínimo terão reajuste real, de 3%. Até então, a correção era feita com base na inflação. Pelas projeções da MB, a classe média, composta por quem ganha de três a cinco salários mínimos, é a que mais vai ter crescimento de renda, com um acréscimo de R$ 17,1 bilhões.
“O consumo, mais uma vez, terá papel importante no crescimento da economia”, diz Thais Marzola Zara, economista-chefe da Rosenberg Consultores Associados. De acordo com ela, o crédito para pessoa física voltou ao normal desde maio e o de pessoa jurídica só não decolou porque a demanda das empresas diminuiu por causa da crise.
“Na verdade o consumo não parou de crescer. Agora, no entanto, vamos retomar o ritmo de aumento que víamos antes da crise. Vamos ver um choque de confiança, baseado na redução das incertezas, na melhora da atividade econômica e no aumento da renda”, diz Marcelo Neri, pesquisador do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Segundo ele, o avanço da renda terá efeito em todas as classes sociais. O Bolsa Família favorece a classe E. A classe D será beneficiada pelo salário mínimo, e o reajuste para os aposentados que ganham mais de um salário terá impacto nas classes A, B e C. De acordo com Neri, o processo de ascensão social dos últimos cinco anos voltará a se acelerar.
Nesse período, 32 milhões de pessoas migraram para as classes A, B e C. “Com a crise, houve uma queda na participação da alta renda, mas o processo de recuperação já começou”, afirma. Neri prevê também uma maior desconcentração da renda, com forte crescimento fora dos grandes centros. “Teremos um cenário muito mais favorável, com inflação sob controle, taxas de juros menores e desigualdade em queda.”
Além da renda, um outro motor do consumo deve ser a expansão do mercado de trabalho. Pouco antes da crise, o emprego com carteira assinada crescia a taxas anuais de 7%. “Acredito que voltaremos a esse nível no próximo ano”, prevê Neri.
Contas públicas
Segundo Márcio Cruz, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), os gastos do governo para inflar a renda em 2010 ainda guardam relação com as medidas anticíclicas adotadas para conter os efeitos da crise econômica. “Nos próximos anos, mantido o crescimento anual na casa dos 5%, deve ser retomado o debate em torno da redução dos gastos por parte do governo”, afirma. O professor observa que o setor de infraestrutura e a indústria de transformação, que neste ano levaram um tombo, devem puxar o movimento de recuperação.
No embalo das eleições, o governo vai financiar quase metade do aumento da renda em 2010, o que vai criar uma pressão ainda maior sobre as contas públicas. De acordo com a MB, essa fatia deve ficar em 49,4%, respondendo por R$ 35,9 bilhões. Em 2008, a proporção foi bem menor, de 27%.
“O governo está aumentando seus gastos permanentes em um momento em que a economia já está em recuperação. Uma iniciativa desse porte se justifica neste ano, mas não no próximo, quando teremos um crescimento de 5%”, analisa Vale.
Endividamento
Pelo estudo da MB Associados, também haverá crescimento do endividamento em 2010. A renda crescerá menos do que o consumo, o que significa que parte das compras das famílias será financiada por meio do crédito. O aumento das dívidas, no entanto, não preocupa. Para o especialista em finanças pessoais Raphael Cordeiro, o endividamento não é problema em tempos de crescimento de atividade econômica e retomada do emprego.
Esses fatores inibem a inadimplência, melhorando também as condições oferecidas pelas instituições financeiras na hora de conceder crédito. Ele diz esperar também que a concorrência entre os bancos melhore as condições de acesso ao crédito no próximo ano. Para ele, mesmo com o provável aumento da taxa de juros, o consumo deve se manter aquecido. “Na verdade, esse aquecimento já começou, com a previsão de recuperação da economia já em 2009. O Brasil deve crescer 1% neste ano”, projeta.
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